15 de abr. de 2011

Próxima Viagem

Ele: -Poxa, que saudade! Você devia voltar logo!
Ela: -Ah, relaxa, daqui a pouco eu chego.
Ele: -Mas é que eu queria que você voltasse logo... sabe?
Ela: -Não, não sei! Mas relaxa que eu chego.
Ele: -Quanto tempo a gente não se vê, né?
Ela: -Eu to com saudade também, mas não faz tanto tempo.
Ele: -É, acho que não. Mas é que parece.
Ela: -É, as vezes parece...
Ele: -É, parece mesmo.
...
Ele: -Que bom que você chegou, tava com muita saudade. Nossa! Nem parece que foi esse tempo todo, passou tão rápido, né?
Ela: -Não sei, foi?
Ele: -Ah, sei lá... Mas é que parece que passou rapidão, né?
Ela: -Sei lá, só sei que cheguei.
Ele: -Legal! Quando é sua próxima viagem?

¬¬

-By Pan-

13 de fev. de 2011

ócio

Costumam dizer que o ócio é construtivo, que as grandes invenções surgiram de momentos de ócio dos gênios da antiguidade.
Pois é, bela comparação. Quem foi o doido que quis comparar o ócio do Séc. XXI com os do Séc. de não sei quanto e lá vai o trem?
O ócio dos Séculos passados não são nada parecidos com os da atualidade, nosso ócio nos faz de vítimas agora, pois com tanta tecnologia e comodidade, esquecemos de pensar e fazer as coisas por nós mesmos. Confesso que eu sou uma dessas vítimas, fico horas inúteis em frente ao computador sem fazer absolutamente nada, sem pensar numa vírgula. E sim, isso faz mal.
Os ócios de antigamente eram lindos, inventavam aviões, telefones, descobriam gravidades e pintavam lindos quadros. Hoje, o máximo que conseguimos produzir são frases idiotas e ligeiramente engraçadas para publicar no facebook.
Esquecemos como se pensa, e como fazer as coisas.
Neste momento, com um pouco de esforço, consegui um ócio construtivo, nada de genial, apenas pus minha cachola para trabalhar um pouco enquanto não fazia nada na frente do computador.
Quero o ócio clássico de volta! Por mim e pela humanidade!

28 de nov. de 2010

Certo ou errado?

Um dia desses li algo sobre o aborto, alguma matéria sobre legalizar ou não, pontos de vista de quem é contra e quem é a favor. Pois bem, acho um assunto tão polêmico que eu, na posição de futura internacionalista, resolvi escrever algo sobre isto.
Dando uma lida em matérias deste assunto, notei uma coisa, que (apenas uma estatística fantasia do que li) uns 90% das pessoas que são contra, são religiosas. Os outros 10%, se justificam como defensores dos direitos fundamentais (vulgo direitos humanos).
Pus minha cachola para pensar um pouco, e cheguei à conclusão que o Estado também é contra o aborto, defendendo princípios religiosos. Mas o Estado é laico, é certo ele se justificar desta forma?
Na minha humilde opinião, não. É mais que errado, é hipócrita da parte dele. Um Estado laico não pode governar em cima de princípios religiosos. Mas como o Brasil é este carnaval todo... enfim.
E as pessoas? Bom, as pessoas religiosas também se justificam em cima de princípios religiosos, dizem que aborto é crime, que Deus não permite, não importando o tempo de gestação. E tem gente que vai além, diz que independe do estado de saúde da criança, ou da mãe, aborto é crime e ponto, não deve ser praticado, ponto de novo. Os defensores dos direitos fundamentais dizem que a criança tem direito à vida, ela tem o direito de nascer.
Agora minha humilde opinião no geral. Acho que as pessoas são ignorantes, os religiosos são hipócritas e os defensores dos direitos fundamentais são contraditórios.
Os religiosos são hipócritas, porque, se praticar um aborto é crime em qualquer tempo de gestação, deveriam ser punidas as mulheres que tomam a pílula do dia seguinte, as que tomam anticoncepcionais e as que usam camisinha na hora da relação. Se Deus não permite, deveríamos ter os filhos que iriam nascer sempre que suprimíssemos nossas necessidades. Os remédios não deixam de matar os espermas, então não só uma criança, mas milhares de crianças em potencial são mortas com os remédios tomados também pelos religiosos, então todos devem pagar por isso. A camisinha, nem deixa a criança exercer seu direito de direito à vida, nem deixam entrar na casinha dela para se proteger. Isso é negligência com seu filho. Acredito eu que Deus também não permita negligências.
Os defensores são contraditórios, pois defendem o direito à vida da criança que nem tem formação ainda, que os médicos nem consideram uma vida até o 3º mês de gestação, e esquecem de defender o direito da mulher, que como ser humano, tem direito à liberdade de escolha, e sendo seu corpo, deveria escolher se quer o filho ou não.
As pessoas não estariam errando nos seus discursos sem fundamentação?
Acredito que deveriam ser revistas as opiniões, principalmente dos religiosos, que pior do que ser contraditório é ser hipócrita.
Acredito que, se Deus controla tudo, ele está acima de tudo e sabe de tudo, ele não deixaria que descobríssemos métodos abortivos, remédios e etc.. se não fosse para utilizarmos. Não somos mais espertos que Ele, somos, católicos?
Não seria de se pensar duas vezes ter um filho em um mundo do jeito que está agora? E se é para abandonar a criança, maltratá-la, abusá-la, não é melhor poupá-la de todo o sofrimento futuro enquanto ainda não é considerada uma vida?
Pois bem, acredito que as pessoas são muito severas em relação a isso e tem pouca fundamentação em seus argumentos, que não são suficientes para me convencer de que a prática do aborto seja um crime.
Sou a favor da defesa dos direitos da mulher, de liberdade de escolha e que façam o que bem quiserem com seu corpo.
Não cabe ao Estado ou às pessoas hipócritas ou aos contraditórios dizer o que uma mulher deve ou não fazer com seu corpo. Mas o Brasil ainda é muito verde, muito subdesenvolvido para chegar neste nível de opinião. Diferente dos países europeus muito bem desenvolvidos, obrigada, que tem o aborto legalizado com clínicas especializadas (sem ser clandestinas) há bastante tempo.
Bom, o Estado deve ter consciência que a proibição não adianta. O aborto é praticado, segundo pesquisas, com muita facilidade. É fácil encontrar remédios, é fácil encontrar clínicas, mas no caso do Brasil, clandestinas, que são um risco para a saúde das mulheres.
É necessário uma mudança de postura, pois mulheres adoecem, se prejudicam, morrem todo dia praticando um aborto em situações precárias.
Então, o que é mais importante, salvar a vida de uma pessoa que já está no mundo e tem muito que fazer, ou salvar algo que, até os 3 meses, não é medicinalmente considerado um ser humano ainda?
Eis que minha posição está clara. Tenho minha fé, e não deixo de acreditar nas forças superiores, mas acho que os homens, que escreveram a bíblia, erram, e não têm o direito de julgar o que é certo ou errado. Afinal, o que é isso? Fomos nós que inventamos, não é mesmo?

17 de set. de 2010

Um mundo obscuro, sombrio, do mal... dentro das maiores potências do mundo. Os que "mandam" em nós por trás de uma dilacerante realidade. Banhado de negócios envolvendo muito dinheiro e muito, mas muito sexo. Um sexo ruim, ilegal, onde quem tem poder manda e desmanda em corpos inocentes e recém-formados. Corpos magros e frágeis. De crianças, adolescentes, meninas que ainda sonham em ganhar uma boneca dos pais. Meninas que nem sabem ainda o significado de corpos tombando ofegantes em uma cama.
Um livro, uma ficção. Tess Gerritsen escreveu sobre isto em forma de uma ficção muito bem elaborada, forte, tensa.
Me pergunto se era realmente a intenção dela apenas entreter seus leitores com um suspense policial, ou se, de alguma forma, ela pretendia tentar abrir nossos olhos de forma implícita, suave, para que pensemos no que realmente acontece no mundo.
Um mundo como este não deve estar muito longe, pode estar bem escondido, mas não deve estar tão longe de nossos olhos.
Não confio em gente com poder, grande parte é arrogante e segura demais de si. Acredito sim que exista um abuso de poder por parte dos "grandes" no que diz respeito ao sexo. Ou melhor, ao estupro de meninas que saem de casa em busca de um sonho, de um lugar melhor e encontram cafetões prontos para lhes tirar a vida caso se recusem a trabalhar como escravas do sexo. Quantos tantos casos não devem existir deste tipo? E quantos nem nos damos conta apenas por envolver gente de poder? O que aconteceria se uma história real, como a que conta na ficção de Tess Gerritsen, viesse a tona envolvendo um figurão de sua cidade?
Talvez nunca tenha acontecido. Mas prefiro considerar a possibilidade de existir, assim eles tomam mais cuidado com suas ações, ou não.
Mas enfim, estou apenas explanando uma opinião, nada de aprofundamentos nem pesquisas sobre o assunto. Apenas eu, leitora de um bom livro e pensante sobre certas possibilidades em nossa volta.
Para quem quiser refletir sobre o assunto aconselho:
"Desaparecidas" de Tess Gerritsen.

30 de ago. de 2010

Defenestrar-te-ei

Veríssimo já escreveu sobre isso, mas achei engraçado, meu professor tocou no assunto em sala de aula, e fiquei pensando que eu já havia lido em algum lugar.
O texto do humorista, não podia ser diferente, falava de uma forma engraçada sobre as palavras, especialmente desta, defenestrar. Já meu professor, falava em forma de conhecimento, de forma sábia, sobre os vocábulos brasileiros existentes para cada ação nossa.
Tudo bem, é bem interessante, mas devo concordar com Veríssimo, que palavrinha mais estranha. Ainda mais quando se sabe o significado.
Ato de atirar algo ou alguém pela janela.
"Maria Catarina, você me traiu, por isto, defenestrar-te-ei!"
Hãn??? Eu acho que não!
Does it really matters the way?
If it's physical or sentimental, does it really matters?
Anyway, the other gets hurt, why?
Because the head doesn't think, it feels!

19 de jun. de 2010

13 de jun. de 2010

espera o sol


Então foi quando ela percebeu que nem tudo estava perdido... tinha seu gato sempre ao seu lado, mesmo pensando ainda em seu cachorro, conseguiu simpatizar com o felino. Ele era fofinho, e a fazia sorrir, cada vez com mais freqüência.
Costumava olhar pela janela à noite, prestando atenção no silêncio e no frio que gelava seu nariz. Sentia-se abandonada, mas não era obrigada a passar por isso. Próprias escolhas. Imaginava-se debaixo de um sol fervente, deitada sobre uma areia macia e branca, brincando de adivinhar nuvens, sozinha mesmo. Isso a deixava feliz, satisfeita. O calor, e a possibilidade de deitar na areia da praia. Era algo inenarrável em sua mente. Aquela sensação...
Mas o frio é que a acompanha agora, ele e mais uma grande quantidade de roupas por dia, para aliviar, tentar esquentar sem muito sucesso.
A vontade era de sair correndo pros braços de sua mãe, ou avó, ou irmã, ou tias. Mas todos estavam tão distantes, e ela pensava o que estariam fazendo agora, sem ela.
De vez em quando ouvia seus próprios pensamentos gritando da sala, chamando pra sair dali. Mas ela se dizia forte: “não, eu vou ficar!”! Queria concluir o que foi ali para fazer, construir seu futuro, queria parar de ter medo desse monstro que mais parecia de outro planeta, e persistia.
Até então, surpreendia-se consigo mesma, pensava no quanto já havia conseguido em tão pouco tempo, e estava se viciando nas conquistas, sempre querendo e buscando mais.
Ás vezes estava muito cansada, parecia que não ia agüentar, e pensava em desistir de tudo pra retornar à sua cidade natal. Então adormecia, e despertava com um sono que a animava, fazia o que tinha que fazer com toda sua dedicação.
As coisas não eram fáceis na vida da urbana e movimentada garota, mas ela tem levado e agüentado, pois sabe que, em algum momento, tudo vai ficar muito bom, pois ela tem tentado...
E tem sido assim até hoje, ela ainda não me contou o que acontece depois.

-By Pan-

30 de mai. de 2010

É complicado, sempre é...
sem asa, sem colo, sem manha e sem mainha.
É complicado, sempre é...
Sem cosquinha, sem conselho, sem conversa e sem pressa.
É complicado, sempre é...
Sem bronca, sem tolerância, sem inconstância, sem ser criança.
É complicado, sempre é...
Sem tu, ele, sem nós nem vós nem eles.
É complicado, sempre é...
Sem trela, sem castelo, sem elo nem o belo.
É complicado, sempre é...
Com tudo, sem nada, apesar e enfim...
É complicado, sempre é!

-By Pan-

13 de mai. de 2010

teoria da conspiração


Quem nunca teve um guarda chuva? Melhor, quem nunca foi deixado na mão pelo seu guarda chuva pelo menos uma vez que atire a primeira pedra. Sempre acontece de, uma vez ou outra, seu amiguinho contra a água dos céus, te deixar na mão. Normal, todos passam por isso. Acontece que comigo é diferente. Estou à um passo de comprovar a vida desses seres malignos e de provar como eles planejam uma conspiração contra mim. Sim, mim, eme, i, eme, mim, minha pessoa. Será mesmo que estas coisas, planejadas pra nos proteger da chuva, não passam pelo teste do inmetro, ou que, apenas as que foram esquecidas na esteira de testes, param em minhas mãos? Eu ainda estou mais convicta de que eles vivem e conspiram contra mim, de novo, e não quem os fabrica, e sim eles mesmos, os guarda chuvas. Veja bem como se constrói minha teoria. Qual a probabilidade de que, em uma curta vida de 22 anos, uma pessoa tenha mais guarda chuvas do que a quantidade de calcinhas que possuiu durante toda a vida? Acredito que uma em um milhão, não é verdade? Pois eu sou esta felizarda uma... de tantos milhões, fui escolhida para ser o alvo da conspiração desses malditos guarda chuvas. Desde pequenas costuras desfeitas num cantinho imperceptível que o faz virar ao contrário no vento, até grandes e resistentes modelos sendo entortados no mínimo temporal que se dê, e pum! você está todo ensopado! Não é o máximo? Depende... se eu morasse ainda em Recife, até seria conveniente acabar com um pouco do calor que se propaga incessantemente, mas, considerando que agora me encontro em uma cidade super congelante, chuvosa e tudo que for relacionado ao gelo, ser deixado na mão por seu amigo guarda chuva não é muito agradável. Sei, porque em 3 semanas, já tive 2 deles. Um vermelhinho bonitinho e um azulzinho mais ainda. Os dois foram pro céu dos guarda chuvas. E se foram exatamente quando eu mais precisava da companhia deles, na hora do temporal. Resultado? Bem, calças, blusa, sapatos e meias encharcados e uma gripezinha básica no outro dia. Mas acontece, não é? Não, não acontece, eles conspiram secretamente contra mim, novamente, e estou pensando seriamente em ter uma conversinha com Obama sobre essa tal teoria da conspiração, que pra mim, já é bem verdadeira e inconveniente. Seu objetivo? Acabar com a humanidade com um bom banho de chuva... de preferência ácida.